Melancólica, acolhedora, barulhenta. Mas sempre alegre. Quatro estilos por ano, quatro vezes que se transforma e se torna diferente e única.
Mas é no Outono quando mais gosto dela. É no Outono que se despe, é no Outono que se deixa penetrar e nela admirar o seu esplendor.
Cada traço cada retrato, vejo, cada gota e cada riacho com um detalhe loucamente apaixonante. Luzes e reflexos enevoados pelo seu odor. Cheiros e sabores caracterizados pelo seu esplendor.
Passeio por ela, corro por ela e saio com ela. De dia muito ocupada, só pensa em produzir, mas quando a noite cai, produz-se em si, cuida de si e toda ela passa a brilhar e a cintilar. Toda ela se deixa vangloriar.
Mas não é obra da Natureza e muito menos obra divina. É obra minha, é obra nossa, é obra humana.
Não há rapariga como tu, Lisboa veneziana.
Sem comentários:
Enviar um comentário