27 de novembro de 2011

Soedade

Ilusão motora corporal,
força em mim o pensamento,
a pensar que não penso,
mas que olho em redor e
como cada detalhe e reparo
em cada sabor, em que
desbravo o porquê, paralisado,
nas lembranças tuas, mas minhas.
Mas o porquê da tua ausência
é a maior das paralisias,
suponho e imagino, que
te sinto desaparecida,
que és o que não foste
nesta minha melancolia.
Tal simples cumprimento,
ou tal recordação, presente
está no meu coração,
ainda que haja a amizade
agora sim sei,
sinto-te, saudade.


19 de novembro de 2011

Omnipresença

Não querendo, a tua presença amansa e a tua ausência sanha, a minha sombra incita-me e o meu coração palpita-me, os pensamentos caem, o chão regurgita, receios ternos e assuntos eternos ... Move-te, esconde-te ou cresce ... pensa, olha e desaparece. 

9 de novembro de 2011

Melancolia

Silêncio assustador, das manhãs num fim de semana. Sinto acordar só, nesta grande selva de asfaltos. Mas a chuva decide cair, nela carros fervilham sons sem alma, agudos e graves toadas que assustam e enervam a minha solidão. Nas janelas e persianas faz-se ouvir, mas ainda não a entendo, tal que seja a razão de tanta solidão e melancolia. É então que chega o vento, e acalma, e volta tudo a dormir.