21 de dezembro de 2009

Pensamento

Penso e repenso
Porque é coisa bonita,
é bonita de se pensar.

Nostálgico...
Talvez!

Passo a mão sob a marca,
Relembra-me sons, palavras, sabores,
E que bons que foram
Apenas por me poder lembrar
não sentir, nem tocar
como se nada fosse
uma marca de dor.

Há coisas que nos marcam.
E por maior que seja a marca
é consequência de bem estar.
Se ao contrário fosse
então nada seria.
Pois felizes queremos
e felizes seremos!
Felizes pela dor.

17 de dezembro de 2009

Sorriso

Saía do Metro;
Meus olhos outros cruzaram,
Sem saber como era o piso,
Ao andar contactávamos.

Parecia cena de filme,
Toda ela brilhava,
Faltava a música de fundo,
Mas nem isso me perturbava .

Para ela olhava
Tudo o resto não interessava.
Fora tão intenso,
Fora tão fugaz,
Que ainda agora me penso,
O que pensara?

Por ela passei ...
Mas nem a abracei,
Apenas sorri.

E ela, Que fizera por mim?

8 de dezembro de 2009

Fatum

Não sei. Não sabe ninguém. Porque é o fruto proibido o mais apetecido.
Assim como não basta dizer que o fogo queima, há que senti-lo, como todas as outras situações duvidosas ou desconhecidas. Há que senti-las para não ter medo.
Mas nem tudo se pode sentir, para depois relatar como foi. A morte será uma experiência única. Mesmo que alguém pudesse senti-la, não o conseguiria fazer. Depois de morto, morto será e nada sentirá.
Mas qual o pior medo? A morte não o é, nunca saberemos. E se o pior medo for, o medo de sofrer. Sofrer por doença, por parvoíce ou mesmo por amor. Não interessa. A dor não interessa a ninguém.
Viveremos assim, com medo, numa corda bamba que ao mínimo descuido, desatenção ou desequilíbrio se transforma em dor, sofrimento ou até mesmo agonia.
Aproveitar esta vida fugaz e infiel, que ás vezes nos decide pregar uma partida e que por medo ficamos infelizes com receio do pior, é um desafio mas ao mesmo tempo uma benção.

Nunca recear o pior, pois é tudo uma estória em que cada um de nós é o escritor