15 de fevereiro de 2010

Post Valentine's

Tanto para escrever
e tão pouco para dizer,
tanta saudade tanto rancor
de outros tempos, os que foram
em que pensava serem de um grande amor.

Desejei-te quando menos te tinha
e amo-te quanto mais te tenho,
não comandasse o sonho a vida
não seria a vida aquilo que fomos,
e não mais interessa o que digam
Eu, para sempre amar-te ia!

Enamoro-te com estas palavras
como que se de carícias fossem
frases, vírgulas e até parábolas!
Escrevem-se sozinhas e com razão,
é tudo amor e não ilusão.

8 de fevereiro de 2010

Selecção Natural

Seria a selecção natural de Darwin exclusiva à evolução das espécies?
Nego, e opino sobre tal.

Não deverá ser o amor um sentimento mútuo?
Tal como já dizia o matrimónio sob a cruz, 'Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?'
Quem ama não trai? Ou quem trai não ama? Uma coisa é certa quem realmente ama, é fiel, independente da ocasião.
'Tanto na saúde e na doença' por vezes ama-se mais na doença do que na saúde. Por vezes a dificuldade em demonstrar o sentimento amoroso é tímido. E é em situações perto de um fim que se desmorona o muro e se dá união entre o céu e o inferno e a explicação de tudo seja um misticismo que apenas os dois percebem e que mesmo às vezes nem a morte os separa.
Então para duas pessoas se amarem tanto, não será óbvio que tenham que gostar uma da outra? Se não, não seria problema para ninguém ter uma relação, pois bastava unir duas pessoas, não interessando o sexo, não interessando nada. E não é assim. Já em pequenos, e digo pequenos da altura do infantário e da primária, chegamos mesmo a ter quatro namoradas. Mas nunca é a rapariga ou de óculos ou porque é isolada ou até mesmo porque tem mais namorados. Já em pequenos começamos a construir o nosso padrão, a rapariga que melhor se identifica connosco. Mais tarde descobrimos que o bem interior vai tendo mais influência do que a aparência externa. Mas continuamos a escolher!
Eu não conheço ninguém que não escolha ou seleccione, ou que não prefira em relação a outro/a. Na nossa cultura essa é uma acção inócua. Já noutras culturas, mal se nasce tem-se logo um pretende para o resto da vida! Cá não é assim e não funciona assim.
Há quem diga, quem muito escolhe pouco acerta. Mas não se trata de escolher um parceiro/a que está exposto na montra, trata-se de encontrar alguém que se define com essa pessoa. Uma das maneiras de o fazer e se calhar a melhor, é namorar muito. Claro que à partida é indiferente, mas quando a relação termina, significa que escolhemos dizer não. Nestas circunstâncias começam a conhecer e a perceber o que querem de uma relação, e o significado que essa relação varia de pessoa para pessoa. E quando encontrarem esse alguém, amar vai ser a melhor coisa para os dois.

É tudo uma questão de tempo, afinal de contas é tudo uma selecção natural.