8 de março de 2010

Olissipo

Vejo-te além mar e além rio, formosa e bem erguida naquele que é o maior vale da minha terrinha.
Teu cérebro mata, mas ata, um escárnio a um amor que em ti vagueiam soltos e deambulantes, naqueles que sem ti, o teu fado um fátuo seria. .
Olham-se e sussurram.
Amam-se e matam-se.
Tu que não és das mais linda, mas das mais formosas. Que nem com tanta colina, se mareiam aqueles que por ti passam, toda em si airosa por um leito marujado.

Quando acordo,
Acordo em ti, bem encostado ao teu pulmão.
Ouço-te viver bem antes de alvorecer.
E entoaste ainda que por debaixo do sol, que nem as nuvens te param.
É essa altivez que me encanta.
Ao ver te assim Lisboa,
Que mal não se espanta?

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