8 de fevereiro de 2010

Selecção Natural

Seria a selecção natural de Darwin exclusiva à evolução das espécies?
Nego, e opino sobre tal.

Não deverá ser o amor um sentimento mútuo?
Tal como já dizia o matrimónio sob a cruz, 'Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?'
Quem ama não trai? Ou quem trai não ama? Uma coisa é certa quem realmente ama, é fiel, independente da ocasião.
'Tanto na saúde e na doença' por vezes ama-se mais na doença do que na saúde. Por vezes a dificuldade em demonstrar o sentimento amoroso é tímido. E é em situações perto de um fim que se desmorona o muro e se dá união entre o céu e o inferno e a explicação de tudo seja um misticismo que apenas os dois percebem e que mesmo às vezes nem a morte os separa.
Então para duas pessoas se amarem tanto, não será óbvio que tenham que gostar uma da outra? Se não, não seria problema para ninguém ter uma relação, pois bastava unir duas pessoas, não interessando o sexo, não interessando nada. E não é assim. Já em pequenos, e digo pequenos da altura do infantário e da primária, chegamos mesmo a ter quatro namoradas. Mas nunca é a rapariga ou de óculos ou porque é isolada ou até mesmo porque tem mais namorados. Já em pequenos começamos a construir o nosso padrão, a rapariga que melhor se identifica connosco. Mais tarde descobrimos que o bem interior vai tendo mais influência do que a aparência externa. Mas continuamos a escolher!
Eu não conheço ninguém que não escolha ou seleccione, ou que não prefira em relação a outro/a. Na nossa cultura essa é uma acção inócua. Já noutras culturas, mal se nasce tem-se logo um pretende para o resto da vida! Cá não é assim e não funciona assim.
Há quem diga, quem muito escolhe pouco acerta. Mas não se trata de escolher um parceiro/a que está exposto na montra, trata-se de encontrar alguém que se define com essa pessoa. Uma das maneiras de o fazer e se calhar a melhor, é namorar muito. Claro que à partida é indiferente, mas quando a relação termina, significa que escolhemos dizer não. Nestas circunstâncias começam a conhecer e a perceber o que querem de uma relação, e o significado que essa relação varia de pessoa para pessoa. E quando encontrarem esse alguém, amar vai ser a melhor coisa para os dois.

É tudo uma questão de tempo, afinal de contas é tudo uma selecção natural.

1 comentário:

  1. Namora. Experimenta. Selecciona.
    Mas procura, vai em busca do amor. Não fiques à espera que te caia no colo, pois provavelmente não acontecerá. Saberás certamente e rapidamente quando encontrares o amor da tua vida.
    Por isso, não percas tempo com paixões incertas, a não ser que procures o mero divertimento. Se nos primeiros poucos meses não for tudo perfeito, esquece e segue em frente. No amor, os primeiros espinhos, os verdadeiros espinhos, aparecerão, mas mais tarde. Depois será preciso saber lidar com eles, aprender a perdoar e a aceitar os pequenos defeitos, para alimentar o que verdadeiramente interessa.
    Também não deverá existir uma e só uma pessoa ideal. Tal como dizes, e muito bem, bastará que preencha esse padrão, ainda que intrincado, o perfil que todos nós subconscientemente - sim subconscientemente, não penses que sabes qual é - vamos traçando enquanto crescemos e aprendemos.
    MP

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