8 de dezembro de 2009

Fatum

Não sei. Não sabe ninguém. Porque é o fruto proibido o mais apetecido.
Assim como não basta dizer que o fogo queima, há que senti-lo, como todas as outras situações duvidosas ou desconhecidas. Há que senti-las para não ter medo.
Mas nem tudo se pode sentir, para depois relatar como foi. A morte será uma experiência única. Mesmo que alguém pudesse senti-la, não o conseguiria fazer. Depois de morto, morto será e nada sentirá.
Mas qual o pior medo? A morte não o é, nunca saberemos. E se o pior medo for, o medo de sofrer. Sofrer por doença, por parvoíce ou mesmo por amor. Não interessa. A dor não interessa a ninguém.
Viveremos assim, com medo, numa corda bamba que ao mínimo descuido, desatenção ou desequilíbrio se transforma em dor, sofrimento ou até mesmo agonia.
Aproveitar esta vida fugaz e infiel, que ás vezes nos decide pregar uma partida e que por medo ficamos infelizes com receio do pior, é um desafio mas ao mesmo tempo uma benção.

Nunca recear o pior, pois é tudo uma estória em que cada um de nós é o escritor


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